LUNACINE
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LUNACINEPROJETO FREELANCER PARA UMA STARTUP DE REALIDADE VIRTUAL

O motion design feito é baseado em um estudo de branding. Devido limitações financeiras e de prazo da startup, o trabalho foi simplificado para ser o mais prático e rápido possível.

Uma pequena produtora de cinema estava querendo atuar em um novo segmento, mas não quis abandonar a identidade de um rolo de filme analógico e tampouco a fonte mais geométrica e menos orgânica. Guiado pela temática do nome da startup e as características do segmento de tecnologia emergente, gerando possibilidades de uso que extrapolam o convencional e que dê impacto visual ao público, criei novos conceitos para a marca em diferentes versões e estudos, que foram todos rejeitados. Prevaleceu a adaptação do logo original por vontade do dono da marca.

Fiz então uma última contribuição de tentar adaptar as cores. Queriam um público mais corporativo, então utilizei um tom escuro de azul em degradê no fundo para que a identidade ganhasse mais vida, ficasse mais amigável, e se aproximasse também de algo mais tecnológico, possibilitando ideias de projeção de luz em tela, imersão, movimento. A paleta adicional de cores se reflete também no modo como é apresentada a marca. Antes as opções mais óbvias da empresa seriam relacionadas ao tema de “cinema tradicional” (rolo do filme girando, barulho de máquinas de projeção, claquete, etc) e agora se abriu à possibilidade de ingressar em uma nova tecnologia emergente, que funciona por meio de uma tela grudada no rosto do espectador, com lentes “olho de peixe” que distorcem a imagem, que por sua vez é gerada à velocidade da luz, não mais na velocidade do giro do rolo de filme. Imprimi essa nova identidade e personalidade na vinheta de apresentação desse segmento da empresa.

No trabalho de motion design as letras são formadas por meio da luz que desenha os contornos de suas formas; a distorção da lente durante o surgimento das letras faz aparecer os pixels da tela por onde a imagem é projetada, simulando o uso da tecnologia de realidade virtual; o logo se revela e se expande na tela, ficando mais próximo do usuário ou espectador. Afinal, a sensação é de “vestir” a marca por meio da tecnologia, de se aproximar de algo que se afirma com imponência (características de identidades mais corporativas, mais formais). Não é apenas um conceito de passividade como o ato de ir ao cinema, mas também trabalhar com o desejo de consumo de uma tecnologia. É uma produtora que vende a produção de filmes em realidade virtual e por isso precisa vender a tecnologia pela qual é vista. Eu teria ido mais longe em conceitos e opções se tivesse mais recursos e tempo. Não existe mais a LunacineVR. O projeto não vingou quando se deu o início da pandemia.